Somos grandes palhaços
sob lona virtual.
Aclamados por retratos,
por aplausos abstratos.
Somos ilustres poetas,
escondidos, navegando,
espreitando pelas frestas,
cochichando sobre festas.
E o suor, a sede
que escorre?
Movimento
É o termômetro que mede
o que o olho no olho pede?
O corpo é o risco,
a lágrima, o riso.
Invento um vício.
E sou o que eu finjo.
A torto arrimo,
sou malabarismo