Já cruzei por esta vida
Trecho de estrada sofrida
E preciso andar muito mais
Caminhando neste chão
Incerto busco o sertão
Deixo a cidade pra traz
Chego no leito do rio
Sinto no peito vazio
A sede de beber a paz
Deixa a saudade cinzenta
Segue mais firme e sustenta
O tempo não volta não
Quem conheceu a nascente
No espelho d’agua corrente
Viu refletir a benção
Na beira deste riacho
Vou despedir minha mágoa
Lavar o meu coração
Quero quebrar as correntes
Que prendem meus sentimentos
Sufocam minha emoção
Me livrar das ilusões
Capinar os pensamentos
E encontrar com a inspiração
A vida nesta cidade
Hoje não tem só tristeza
Na minha viola eu toquei
Modas que falam de amor
Cantigas pra espantar a dor
Cantando eu me libertei
Eu vou voar
Pra cantar pelo mundo inteiro
A viola e o violeiro
É uma linda história de amor
Que fez nascer o cantador