O canto que ecoa parece um pesadelo
De um povo acuado vivendo por apelo
Estão abandonados vivendo a própria sorte
Pessoas sem futuro, querendo a própria morte
A morte não é prêmio, recompensa ou conquista
Pra quem já sofreu tanto não seja moralista
Estão encurralados sem ter uma saída
Pessoas transformadas, lutando pela vida...
A vida é injusta, cruel e traiçoeira
Tem gente que tem tudo algumas nem poeira
Estão indignados nem lembram o seu nome
Pessoas esquecidas, passando tanta fome
A fome que maltrata, corrompe e intimida
Ninguém quer ver seu filho chorando por comida
Estão desesperados com tanta indecência
Pessoas corrompidas, perdendo sua essência
Essência poluída por tanta intolerância
Branco, preto ou pardo! Qual a importância?!
Estão sofrendo tanto por causa da sua cor
Pessoas maltratadas, sentindo tanta dor
A dor que eles sentem de uma mão que não se estende
Dessa sociedade podre estão todos doentes
Estão abandonados sem ter uma existência
Pessoas implorando, clamando por clemência...
O povo está clamando por decência
Por decência
O povo já está sem paciência